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Imagem de casa e entardecer no Sertão do Seridó (Autoria Genildo da Silva Medeiros) |
O termo Seridoense é adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros. Sobre o termo Seridó, há registro etimológico por estudos do folclorista e historiador Luiz da Câmara Cascudo, tendo como origem a etnia tapuia, transcrito como "ceri-toh" e que significa "pouca folhagem e pouca sombra", em referência à vegetação da região seridoense.
A afirmação acima consta de texto publicado no "sítio eletrônico' denominado História do Seridó, abaixo referenciado.
Por outro lado, O termo “sertão do seridó”, há muito tempo usado pelos
seridoenses, tem outra explicação: na expressão “Ribeira do Seridó”, utilizada para denominar a região seridoense, a partir do século XIX, pois até o século XVIII, essas terras eram conhecidas como “Ribeira do Acauã”. Antes, em razão da localização geográfica da região, situada no centro-sul do Rio Grande do Norte e no centro-norte da Paraíba, os primeiros colonizadores, ao fazer referência à região localizada nas Capitanias da Paraíba e do Rio Grande, denominavam-na de “sertão”, pois, por meio de leitura de documentação remanescente da época da Guerra dos
Bárbaros, os primeiros colonizadores entendiam que
seu curso d’água principal era o rio Acauã, e não o rio Seridó, segundo a fonte denominada de Blog Projeto Amigos de Picui.
A respeito da discussão sobre o termo Seridó, registra o mesmo Blog, abaixo referenciado, que "para os mais
antigos, o rio Acauã nascia em Nova Palmeira, recebia o rio Seridó que
nasce em Cubati e, em seguida, desaguava no rio Piranhas." Passados vários anos, segundo o mesmo "sítio eletrônico", "seus habitantes observaram que, na verdade, o rio Acauã é que era tributário do
rio Seridó. Assim, nas décadas de oitenta e noventa do século XVIII, já se
falava em “Seridó”. Há ainda um documento no Cartório de Pombal, datado do
século XVII, que traz o termo “Ribeira do Acauã-Seridó”. Posteriormente, quando
o entendimento mudou, dando-se prevalência ao rio Seridó, a região mudou de
nome, ficando o termo “Acauã” apenas para denominar as localidades da Serra do
Cuité e Picuí." Ainda, segundo o mesmo veículo de comunicação da região, "há que se registrar também que, no início da colonização da
porção paraibana do seridó, a região de Picuí era conhecida como “Ribeira do
Quinturaré”. Naquela época, o rio Quinturaré, parte do curso superior do rio
Acauã, era chamado de Acauã apenas quando seu curso adentrava no estado do Rio
Grande do Norte.".
Mas crescemos e registramos que o Seridó é
uma região geográfica e cultural pertencente
ao estado do Rio Grande do Norte, no Sertão, concentrada no "pé do elefante" do mapa do Rio Grande do Norte, embora conheçamos outras cidades fazendo referência ao mesmo nome, a exemplo de Junco do Seridó, no vizinho Estado da Paraíba e, que vez por outra, entendemo-nos e nos aceitamos como "sertanejos do Seridó". Nesse ponto há convergência costumeira!
Mas foi pelo vizinho Estado da Paraíba que se deu, inicialmente, o povoamento do Seridó, segundo registro no site pesquisado, o Wikipédia. Segundo o site, paraibanos e pernambucanos ocuparam o Seridó à procura de terras para criação de gado, tendo as primeiras famílias se instalado em nossa região por volta do ano de 1720. O território, segundo o mesmo site abrange as
microrregiões do Seridó Ocidental e Oriental, além de parte da
microrregião do Vale do Açu e Serra de Santana.
Registre-se, ainda, que historiadores da região tratam de povoamento pelo boqueirão de Parelhas.
Registre-se, ainda, que historiadores da região tratam de povoamento pelo boqueirão de Parelhas.
Não vamos falar da Pré-história, em nossa região, mas é preciso dizer que temos registro de sítios arqueológicos, achados de espécimes extintas, a exemplo dos tigres dentes-de-sabre, mastodontes, paleolamas, preguiças gigantes, tatus gigantes e pinturas rupestres que encantam os visitantes e admiradores locais.
Assim como tivemos o ciclo da cana-de-açúcar e do cacau, no Seridó se registrou o ciclo do algodão, até então dominado pela pecuária, tendo se apresentado como a mais importante atividade econômica do Seridó.
O relevo do Seridó, segundo o Site Wikipédia, tem formação pelas altas do Planalto da Borborema e por terrenos mais baixos da Depressão Sertaneja. Seu relevo diminui à medida que se avança de leste para oeste, encontrando as depressões do Rio Seridó e Piranhas-Açu, entre 50 e 200 metros de
altitude. O ponto culminante da região é Serra das Queimadas, em Equador, com 807
metros de altitude.
Os
principais rios encontrados na região do Seridó são o Piranhas-Açu, Seridó, Potengi, Sabugi, Barra Nova
e Acauã.
A Vegetação do Seridó: em verde
claro a Caatinga arbórea; em verde escuro, a Caatinga de Altitude ou brejos; em
azul, áreas de várzea; em cinza claro, a Caatinga de Campo e, em cinza escuro, áreas de transição.
Zonas climáticas do Seridó: em
azul, o clima semiárido brando. em verde semiárido mediano e laranja semiárido
rigoroso.
Com relação ao clima, a região é
dividida em três áreas homogêneas. De forma geral, observa-se que as chuvas
aumentam num gradiente "leste-oeste" e num gradiente "áreas
altas - áreas baixas". O clima subúmido seco, ou semiárido brando está
presente desde o oeste do município de Caicó até a cidade de Serra Negra do Norte, com precipitação
variando de 800 a 1000mm/ano e temperatura média anual de 27,5ºC. Desde a
porção oriental de Caicó até o oeste do Seridó Oriental, o clima dá-se como Semiárido mediano, com precipitação variando de 600 a 800 mm anuais e temperatura
média de 26ºC. Nas demais áreas do Seridó o clima é tido como Semiárido rigoroso com precipitação variando entre 400 e 600 mm e temperaturas
mais amenas devido à altitude. Em regiões da Serra de Sant'ana predomina o clima tropical de altitude, com
temperaturas que podem atingir os 10ºC de mínima no inverno e
30ºC de máxima no verão. Entretendo, o regime de chuva não se altera nessas
regiões.
A respeito do ecossistema da região podemos registrar como Caatinga do Seridó, com vegetação de transição entre o campo e Caatinga Arbórea, com árvores de porte médio e baixo, e abundância de cactos e manchas desnudas.
Ainda está presente na região a Floresta Subcaducifólia, nas serras de Santana
e João do Vale e a Floresta Ciliar de Carnaúba, ao longo do Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu.
O solo predominante é o bruno não
cálcico vértico, de fertilidade natural alta, textura arenosa/argilosa e
média/argilosa, moderadamente drenado com relevo suave e ondulado. Como
ocorrências minerais, encontram-se: barita, calcário, talco, ouro e tungstênio;
também há existência de recursos minerais associados como rochas
ornamentais,especialmente: migmatitos, brita, rocha dimensionada, mármore e
gnaisse.
As cidades que constituem a região: Acari, Bodó, Cerro Corá, Carnaúba dos Dantas, Caicó, Cruzeta, Currais Novos, Equador, Florânia, Ipueira, Jardim de Piranhas, Jardim
do Seridó, Jucurutu, Lagoa Nova, Ouro Branco, Parelhas, São Fernando, São Vicente, São João do Sabugi, São José do Seridó, Santana do Seridó, Serra Negra do Norte, Timbaúba dos Batistas e Tenente Laurentino Cruz.
Até o próximo texto.
Até o próximo texto.
Referência Bibliográfica:
História do Seridó. Disponível em <http://historiadoserido.openbrasil.org/>Acesso em: 16 de fevereiro de 2018.
Amigos de Picuí. Disponível em http://amigosdepicui.blogspot.com.br. Acesso em: 16 de fevereiro de 2018.
Amigos de Picuí. Disponível em http://amigosdepicui.blogspot.com.br. Acesso em: 16 de fevereiro de 2018.
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